50 anos de liberdade
Um dia acordei com uma gigante sensação de alívio. Com um aperto no coração também. Lembro-me de pensar na sorte que tinha por não ter vivido há uns anos atrás, não tantos assim mas os suficientes para que por instantes nos esqueçamos da luta que foi feita por nós e para nós também. Sem liberdade não há nada, não somos nada. Tomá-la como garantida pode ser o primeiro passo para retrocedermos uns passos grandes. Lembro-me de me perguntar como seria policiar-me a toda a hora e viver num medo constante de dizer uma vírgula na hora e no local errado. Lembro-me de pensar como seria ver apenas aquilo que queriam que visse, ou ouvisse, com filtro, sem verdade, para me moldarem aos olhos "deles". Foi o mais próximo que "vivi" de um cenário fascista, de um cenário de ditadura e o alívio que senti foi tão grande quando acordei, que não quero nem pensar vivê-lo de verdade. Não quero mesmo. Pensar que se vivia para acatar, para cumprir, sem direito a "pronunciar-me e a fazer-me ouvir" sem que isto não significasse punição, está longe daquilo que respiramos hoje em dia. E por esta razão não podemos nunca cair no erro de minimizar a importância da revolução.
li-ber.da-de
1. Direito de um indivíduo proceder conforme lhe pareça, desde que esse direito não vá contra o direito de outrem e esteja dentro dos limites da lei.
2. Condição da pessoa ou da nação que não tem constrangimentos ou submissões exteriores.Estado ou condição de quem não está detido, nem preso.
3. Estado ou condição daquilo que não está preso, confinado ou com alguma restrição física ou material.
4. Cada um dos direitos garantidos ao cidadão.
Viva a democracia, viva a liberdade!